quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Recordando recortando Trotski

Por Fernanda Donnabella, 2° ano


(trechos de um crítica à escola de poesia formalista, no "Literatura e Revolução")


Para eles, "no começo era o Verbo". Para nós, no começo era a ação. A palavra acompanhou-a como sua sombra fonética.

É verdadeiramente útil, indispensável, medir uma palavra não só conforme sua significação intrínseca, mas também de acordo com seu valor acústico, pois é antes de tudo pela acústica que se transmite ao outro essa palavra.

À medida que tratamos de uma escola contemporânea, viva, é necessário testá-la por meio da forma social.

Não significa dominar a arte por meio de decretos e prescrições. É falso que só consideramos nova e revolucionária a arte que fala do operário.

Moreira complementa com um "conto da carochinha": O artista vivia à frente de seu tempo e não estava preso a nenhum lugar: o que fazia era "universal" e "eterno". Diziam até que sua História era diferente dos homens comuns: era a História da Arte. Era tão livre que vivia de ficção.

Ninguém pode ir além de si próprio. Mesmo os delírios de um louco nada contêm além do que ele recebeu antes do mundo exterior.

O poeta só pode encontrar material de criação no seu meio social, e transmite os novos impulsos da vida através de sua própria consciência artística.

Métodos de análise formal são necessários, mas não suficientes.

Para eles, "no começo era o Verbo". Para nós, no começo era a ação. A palavra acompanhou-a como sua sombra fonética.

(trechos de uma crítica à escola de poesia formalista, no "Literatura e Revolução")

Nenhum comentário: